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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Amistosos Brasil x Argentina - seleção nacional

          Alguns mais atentos já devem saber que nossa seleção canarinho irá enfrentar os argentinos em dois amistosos, um em cada país, reeditando a antiga Copa Rocca, onde só os jogadores do próprio país podem atuar, ou seja, apenas atletas atuando no campeonato nacional do seu respectivo país poderão ser convocados. Através dessa notícia podemos tentar descobrir qual a seleção será convocada para esses amistosos.

         Vamos tentar analisar as atuações e ver quem são os melhores em cada posição atuando no nosso campeonato nacional.

         Começando pelos guarda-redes, onde não devemos ter muitas surpresas. Jefferson, do Botafogo, Fábio, do Cruzeiro e Vitor, do Grêmio, devem ser os escolhidos seguindo os critérios de Mano. Vejo Julio Cesar, do Corinthians numa crescente, mas não o suficiente para desbancar o mau momento vivido pelo goleiro gremista, que ainda sim deve ser convocado para os duelos contra os hermanos.

         A lateral direita é uma incógnita, visto que não temos tido muitas convocações de jogadores atuando no nosso futebol, apenas Mariano, do Flu, e Danilo, do Santos foram convocados. Acho que, por mérito, Leonardo Moura também entraria na briga com o lateral tricolor pela segunda vaga, não vejo outros em condições de brigar pela posição com o trio.

        Na lateral esquerda a dúvida é maior ainda, não temos muitos craques na posição e nem muitos jogadores se destacando, nos times de são paulo nenhum dos laterais, Ramon, Fabio Santos, Juan, Leo, Gabriel Silva e nem algum outro está brilhando. Cortes, do glorioso, e Junior Cesar, do Fla, estão atuando bem por suas equipes, e não vejo problemas e nem soluções nas suas convocações. Carlinhos, do Flu, está voltando a atuar bem por agora apenas, se mantiver o nível, tem tudo para figurar nas lista do Mano.

        Na zaga temos algumas afirmações, jogadores brilhando bastante, sendo convocados inclusíve para a seleção normal. Dedé com certeza estará nessa lista. Antonio Carlos, do Botafogo, acho que já merece uma lembrança devido a suas boas atuações, além disso, Leandro Castan vem fazendo um ótimo ano pelo alvinegro paulista, e, em meu ver,pode ser convocado. A última vaga para os zagueiros ainda está aberta na minha cabeça, por futebol, Anderson Martins merecia uma chamada, mas não vejo Mano tirando os dois zagueiros vascaínos. Acho que a vaga fica entre Rever, do Galo, e Rodolfo, do tricolor do Morumbi.

        De volantes estamos bem servidos, tanto no quesito marcação, quanto na saída de bola. Arouca já merece uma convocação a um bom tempo, vem jogando muita bola pela equipe do Santos. Ralf vive a mesma situação de Dedé, já foi convocado para a seleção normal, deve ser lembrado por Mano Menezes para encarar Messi e Cia. Acho inevitável a convocação de Willians, do Flamengo, que vem se destacando muito pelas roubadas de bola. A última vaga está em aberto, Paulinho, vive situação parecida com a de Anderson Martins, que pelo futebol, merece ser chamado, mas por desfalcar o meio campo de seu time, não deverá ser lembrado. Vejo Fabrício (CRU), Marcelo Mattos (BOT) e Casemiro (SPO) como aspirantes a essa vaga.

        No setor de armação vejo Ganso como nome certo, acompanhado de Lucas, do São Paulo, e Thiago Neves, do rubro negro carioca. Depende muito se Ronaldinho for convocado para o meio ou para o ataque, se for, esses devem ser os 4 nomes, se não, alguns brigam pela última vaga nesse meio de campo, entre eles Oscar, que veio de ótimo mundial sub-20, Alex, do Corinthians e Elkesson do Botafogo.

       Para fechar temos o ataque, onde também não deveremos ter muitas dúvidas. Neymar, Fred e Damião devem ser os convocados. Se Ronaldinho for chamado para o ataque, completará o quarteto. Se for para o meio, abre mais uma vaga, que é disputada por Borges, Dagoberto e outros correndo bem por fora, como Rafael Moura, Kléber e Eder Luis.

       Muito difícil alguma grande novidade, de resto, um abraço!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Como ganhar um brasileiro?

     O mais almejado torneio em âmbito nacional, dito senão o mais díficil do mundo, um dos. Dos 20 clubes, sempre 10 tem condições reais de brigar pelo título, então como fazer para ser o melhor dentre os melhores, o campeão dos campeões? A fórmula de pontos corridos já se tornou habitual para o torcedor e para os clubes brasileiros, com longos anos de experiencia podemos já tirar algumas conclusões de como fazer para ganhar esse título, saindo das obvias explicações de elenco e tudo mais.

     Um time forte e conciso é óbvio que precisa ter, com boas peças e bons nomes. De essencial um bom goleiro para começar. Observando os campeonatos passados é fácil perceber que é necessário contar com um jogador decisivo, um real craque, que vai puxar e chamar a responsabilidade nos jogos difíceis, que vai resolver aqueles jogos chatos em que o time não joga nem um pouco bem e que o resultado é necessário e complicado. Observe que o Flu contava com Conca e Fred, o Fla contou com Adriano esplendorosamente, o Cruzeiro veio com Alex jogando fácil, o Santos teve Robinho e Diego e o Corinthians teve em Tevez esse ícone. Vai ser impossivel o time funcionar como um time em todas as rodadas, vão existir aqueles jogos truncados, com uma chance, muita marcação, em que o craque vai dar um passe, acertar um chute, abrir um espaço, enfim, resolver a situação.

     Todos falam em ter um elenco de qualidade, mas o que significa isso na prática, vamos entender. 38 jogos, sem contar competições paralelas que comumente acontecem, é muito provável que os jogadores não joguem todos os jogos, as vezes nem os goleiros, imagine então os jogadores de linha. O que são essas peças de reposição, o que é um bom reserva, é muito necessário e praticamente imprescindível a presença de ao menos um zagueiro de nível no banco, dois seria o ideal, mas é irreal. Para o meio, onde há mais movimentação de troca de jogadores devido a suspensões, lesões e esquemas táticos, dois volantes de bom nível e pelo menos um armador para a reserva são fundamentais, dois atacantes, um para cada titular é sensacional de se imaginar, completando ai com mais um goleiro fechamos os 7 do banco, somado a mais um lateral de origem. Os cartões amarelos e vermelhos, contusões e convocações vão atacar e atrapalhar os grandes clubes.

      A força da torcida é essencial para que o time sinta a vibração positiva e utilize dessa força toda dentro de campo. Estádios lotados, gritos empolgados e bandeiras fazem com que o jogador sinta aquela pressão de jogo decisivo e percebe que tem milhões ao seu lado. Grandes festas, gritos altos, mosaicos e tudo mais vão empolgar o time naturalmente, que tenderá a responder em campo. Aliado a torcida, a diretoria deve estar presente e ausente. Exatamente, presente para se fazer ausente. Explicando melhor, a diretoria deve trabalhar para evitar problemas, polêmicas, confusões que possam tirar o foco dos jogadores do campeonato e fazer que a diretoria apareça mais do que necessário.

      Todos falam em vencer fora de casa e tudo mais. Tenho uma opinião diferente sobre essa parte. Ganha quem erra menos, quem consegue acertar onde todos estão errando. Isso significa, fazer a obrigação, que é vencer os jogos fáceis em casa, no caso desse ano, vencer Figueirense, America-MG, Coritiba, Avaí, Atlético-GO, por exemplo, em casa, não perdendo pontos onde os adversários não costumam perder. Jogos em casa díficeis como contra Cruzeiro, Flamengo e Inter são normais perder, adversários diretos vão perder pontos para esse oponentes. Agora vem o ponto chave, o Fluminense no ano passado pra mim, ganhou o título em alguns jogos fora de casa em que obteve a vitória onde outros adversários não conseguiram, vitórias como contra o Santos na vila, Avaí na ressacada, Atlético-MG em minas, São Paulo e Palmeiras em barueri, fazendo a real diferença. Ou seja, resumindo, ganhar os jogos chamados de obrigação e fazer diferente fora de casa, fazer um algo mais.

       Na teoria é muito fácil, mas na prática começa a complicação. Esse ingredientes são o início do bolo, precisa de um bom cozinheiro ainda.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O de cima sobe e o de baixo desce

            Vivemos num país capitalista, alias, num mundo majoritariamente capitalista, logo, é totalmente natural e aceitável que o futebol esteja inserido e seja influenciado pelo sistema de geração de lucro. Com o rompimento de muitos clubes com o clube dos treze e a iniciativa de negociar sozinhos os direitos de imagem e transmissão, as diferenças entre receitas dos clubes tende a aumentar bruscamente. Hoje vamos discutir, jogando dos dois lados, com os prós e contras de cada situação, que são a manutenção da igualdade e, do outro lado, a liberdade de disputa e concorrencia entre os clubes.

           Sem contar as cotas de televisão já há uma diferenciação nas receitas dos clubes, mesmo entre rio e são paulo, devido a patrocinios e fornecedores esportivos, é natural que uma camisa que apareça mais, deva receber mais dinheiro, mas, por exemplo, o Fluminense, campeão brasileiro de 2010, recebia no ano passado, mais de 5 milhões a menos da Adidas em relação ao pago ao Palmeiras, o que é entendivel, uma vez que todos os programas esportivos que são de rede nacional só falam dos times paulistas. Contratos de patrocinio também tem grande diferenciação, se há essa brusca diferença entre o eixo principal do país, imagina em relação a clubes da primeira divisão, mas de menor poder economico, como Ceará, Bahia, e até mesmo os poderosos Cruzeiro e Internacional.

            Querendo ou não, os títulos e melhores classificações se mantem dentro do eixo rio são paulo, tendo algumas escapadas para Minas e para o Sul, escapadas as quais só tendem a diminuir de incidencia, com a liberdade para negociar o preço de direitos de transmissão, clubes gigantes como Corinthians, Vasco e São Paulo, entre outros, nunca aceitarão recer nem perto de outros de menor apelo popular, como Figueirense, Atletico-PR e América-MG, o que vai apenas aumentar o abismo já existente entre esses niveis. Entretanto, com a diferença de hoje, situações de grande técnica ou raros elencos conseguem penetrar no meio dos gigantes e beliscar vagas ou títulos, porém, com a diferenciação cada vez maior, o Brasil tende a se tornar uma Europa, onde 7,8 times vão brigar por títulos realmente, as outras apenas farão figuração.

            O Cruzeiro suou para pagar os 6 milhões por Montillo, já o Corinthians propos 90 milhões por Tevez. Isso falando de duas equipes de muita tradição no futebol brasileiro. A questão é a seguinte, o Timão não está errado de oferecer tanto dinheiro, cada um sabe o que faz com o capital de seu investimento, mas o ponto é o de se os cartolas e dirigentes querem que esse abismo aumentar exponensialmente ou pretendem manobras para atenuar tal questão. Com a nova ordem dos clubes dificilmente o título de um campeonato como o Brasileiro, de pontos corridos e bem longo, vai sair de uma equipe das com maior receita, pois gerará melhor elenco e peças de reposição, além da estrutura que poderá ser propiciada.

          Patrocionadores e fornecedores de material esportivo já faziam diferença entre cada clube, e já criavam uma elite do futebol, se os direitos de imagem, que são a principal fonte de receita do futebol, também entrar na onda, vai ficar cada vez mais clara a superioridade, o que já começa a ser sentido, visto que hoje os 7 primeiros colocados do brasileirão são os 4 cariocas e 3 paulistas, com excessão do Santos, campeão da América.

          E o que se pode fazer? O futebol é o esporte do nosso país devido ao seu vies democrático, onde todos podem assistir, qualquer um pode jogar e, principalmente, qualquer um pode ganhar. Juventude, Criciuma, Guarani e Bahia já foram campeões nacionais. A elitização do futebol vai acabar com o brilho dessa democracia. Uma solução é os cartolas mudarem a forma de disputa, o sistema de mata mata já utilizado possibilita que haja essa zebra, esse intruso no meio dos gigantes.

         Na minha opinião, vai ser triste o Brasil virar a europa, onde o Real Madrid e o Barcelona tem mais de 40 títulos nacionais, e vão sempre continuar brigando. Lembrando sempre que não é demérito dos grandes clubes, que devem fazer tudo para ganhar mesmo, se há possibilidade de crescer, devem o fazer. O ponto é para ser observado por dirigentes capazes de tentar frear ou ao menos amenizar a elitização do futebol brasileiro.

           Uma questão dificil e que envolve muitos interesses, principalmente movidos por paixão, entretanto, a razão deve entrar nesse meio para não acabar com uma das coisas que ainda alegram o povo brasileiro.