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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ricardo Teixeira + Globo, uma inequação do futebol




         Que a politicagem e os interesses capitalistas dos bastidores do futebol estão comandando o futebol nacional atualmente já é sabido, estranho é perceber e realizar as coisas de forma tão clara como nosso presidente da CBF, Ricardo Teixeira, fez em entrevista essa semana. Palavras de baixo calão eram utilizadas seguidamente, em frases como: ''Essa imprensa de merda'', ''ESPN, Lance são todas emissoras de merda''.

          Resolvi pesquisar mais a fundo, ler algumas matérias, entrevistas e textos sobre a relação de amor e domínio existente entre Ricardo e a emissora Globo. As coisas descobertas foram impressionantes, algumas até chocantes e bizarras.

          Pra começar, melhor explicar o por que dessa relação. A pouco tempo o presidente vem sendo investigado por algumas compras de propriedade irregulares, e notavelmente nada foi citado na globo, sabe por que? A uns 15 anos atrás a Globo fez uma matéria criticando algumas atitudes de Ricardo, que logo em seguida marcou um Brasil x Argentina para as 7 30 da noite, acabando, segundo ele mesmo, com duas novelas e o Jornal Nacional, o que acaba com a renda da programação global. Desde então Ricardo Teixeira nunca mais foi notícia na emissora, que desfruta de grandes benefícios no futebol brasileiro, como preferencias, credenciais, direitos de transmissão e imagem.

            Na entrevista citada, Ricardo Teixeira se pronunciou sobre os problemas investigados atualmente da seguinte forma: ''Só vou me importar quando passar no Jornal Nacional''. Em outros pontos ele simplesmente despreza toda e qualquer outra mídia esportiva ou investigativa a ponto de chama-las de da ''mesma laia''. Uma coisa que me impressionou muito foi a seguinte citação do presidente: ''Na copa de 2014 eu posso fazer as piores coisas, maiores crueldades, mais inescrupulosas, como proibir entrada e negar credencial, e sabe o que vai acontecer, nada!''. Jogando, assim, contra todos.

            A rede Record de televisão adquiriu os direitos de transmissão das Olimpíadas e dos Jogos Pan-Americanos deste ano. Para estes jogos países como Argentina, Uruguai e Colômbia mandarão suas forças olímpicas máximas, ou seja, equipes sub 23 e mais três acima da idade possíveis. Já o Brasil, comandado por Ricardo Teixeira, enviará uma equipe simplesmente sub 17; onde podemos ver como serão os frutos colhidos nos jogos de Londres. A politicagem e jogo de interesses vai acabar com mais um sonho do futebol brasileiro.

              Chega a ser piada eu comentar com os leitores sobre as propriedades do presidente, uma na Flórida, uma no Itanhangá, uma casa de Praia, uma casa da Campo das maiores, uma cobertura na Barra da Tijuca fazem parte do leque de opções de escolha para um fim de semana do presidente.


Essa cara feia não engana mais ninguém...

domingo, 17 de julho de 2011

De fazer cara feia...

           Futebol é assim mesmo, a bola pune. Hoje, a gente se puniu, vergonhosamente o Brasil foi eliminado nos penaltis e agora a jovem equipe busca explicações, mesmo sabendo que não há razão. Vale a pena fazer uma analise do que aconteceu de bom e o que pode ser melhorado para próximos compromissos.

            A equipe brasileira foi infinitamente superior aos paraguaios durante os 120 minutos de jogo, criando boas chances, dominando o meio de campo e seguro na defesa, visto que Julio Cesar só veio a mostrar a cor de sua camisa no intervalo. Lucio e Thiago Silva fizeram uma partida muito segura na zaga, com passes precisos em direção aos laterais. Foi muito simples o jogo, era o Brasil dominando a parte central com muito boa presença de Ramires e Robinho, que fez excelente partida na tarde de hoje, e com Neymar arriscando jogadas e chutes em direção ao gol adversário. O paraguai apenas se defendia e sonhava sair no contra ataque, coisa que não aconteceu com perigo.

            Inumeras chances foram criadas, e por um detalhe na finalização a bola não entrou. As defesas após a conclusão de Lucio no primeiro tempo e Pato no segundo foram primordiais para a manutenção do resultado. E a presença do zagueiro em cima da linha evitou os gols de Neymar e Fred, ou seja, em duas linhas deu pra enumerar 4 grandes chances do Brasil. Sem contar os chutes pra fora de André Santos e Neymar, além dos tiros de longe de Ramirez e Maicon. Foi uma total supremacia.

           Na minha visão, mano deixou de ganhar o jogo nas suas substituições. Alexandre Pato não vinha bem durante o primeiro tempo, aparecendo muito pouco, já Neymar fazia a bola correr e tentava chutes, realizando grande movimentação pelos lados do campo, entretanto, foi substituido por Fred, assim, a seleção perdia a jogada rápida pelas laterais e o drible do craque santista. Restava apenas a possibilidade de Ganso colocar alguém na cara do gol, mas, Mano acabou com essas chances ao tirar o 10 para a entrada de Lucas, que já havia se mostrado um jogador não tão maduro, e mais uma vez não conseguiu render o esperado. A seleção, nos 30 minutos de prorrogação, era uma seleção burocrática, onde Ramirez e Elano eram os criadores de jogadas, e apenas faziam a bola correr da esquerda para a direita.

            Nada alteraria mais o placar, e viriam os penaltis, onde toda a superioridade brasileira durante o jogo era jogada no lixo. E desta vez, perderam os melhores batedores, que buscaram o canto, ou o angulo, os paraguaios que converteram suas cobranças simplesmente chutaram no meio, batendo facilmente o arqueiro brasileiro, que escolhera cantos. O excesso de capricho brasileiro voltou a acabar com nossas chances, e agora nos resta assistir ao bom futebol Uruguaio sobressair em relação a equipes que jogam unica e exclusivamente se defendendo.

              Neymar Brasil Veron Paraguai (Foto: AFP)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Copa América - faltando tempero?


               Empatar com a Venezuela e comemorar um empate com o Paraguai com certeza não são um bom sinal. Alguma coisa está errada, time, escalação, pensamento, futebol, seja lá o que for, alguma coisa ainda não encaixou com a seleção brasileira.

               A começar pela convocação. Desta vez a convocação levou em conta o pedido dos brasileiros pela renovação, Ganso, Neymar e Lucas eram as grandes novidades. Nenhuma grande ausência foi sentida, no máximo Hernanes, Marcelo e Hulk, que nem são tão afirmados na seleção ainda, na verdade, nem um pouco. Depois a escalação, que pra mim, tem um equivoco em Daniel Alves, não é por causa dos seus erros no ultimo jogo que vou critica-lo, eu realmente não o vejo com um jogador tão bom assim, jogar num time como o barcelona é muito mais fácil, acho Maicon muito mais jogador que ele, sem falar na sua soberba e falta de humildade que são claras, se achando uma estrela maior. De resto, Julio Cesar, Thiago Silva e Lucio são unanimidade, Andre Santos, por mais que esteja a baixo do esperado, jogava muita bola nos tempos de Corinthians, se destacando muito. No meio temos dois volantes titulares no Liverpool e no Chelsea, o que é, realmente, bem válido.

                Pro ataque, onde estava nossa maior esperança, dedico um paragrafo especial. Neymar é o mais abaixo das expectativas, não consegue jogar nem um pouco do seu futebol, a marcação está grudada nele o tempo todo e com um já na sobra, os pequenos campos como o que o Brasil jogou a última partida ainda o prejudicam mais, limitando os espaços. Robinho já está devendo a muito tempo, infelizmente não vingou como o jogador que todos esperavam, e agora vive de nome, felizmente, Mano já percebeu e retirou do time, abrindo outras opções. Ganso, diferentemente, já está se soltando, inteligentemente, percebeu a limitação do espaço e, com isso, passou a jogar com toques de primeira, como nos lances de gol do brasil, em que clareou para Jadson e consagrou Fred. Pato na primeira partida foi muito bem, fazendo o papel de atacante mesmo, com rápidos domínios e chutes, infelizmente não saiu com o gol, por outro lado, fez uma péssima partida no jogo contra os paraguaios, é importante frisar que Pato joga como um segundo atacante no Milan, tendo espaço para vir de frente para os zagueiros, não jogando de costas para o gol; sorte dele que não é toda seleção que tem um jogador como Fred no banco, para o qual me poupo os elogios.

                   Não é fácil formar um time, toda hora vemos clubes que demoram meses para acertar posicionamento, entrosamento e jogadas. Não é fácil sair de um bando para uma equipe, precisa de tempo e talento. Ainda mais para jogar contra equipes bem fechadas, que dão o mínimo espaço possível.

                Rodar a bola, jogadas de ultrapassagem pelas laterais, paciencia e uma troca rápida de passes são alguns dos temperos que precisam ser adicionados nessa mistura brasileira. Depois do show argentino hoje, ficamos com um peso maior nas costas! Pra cima deles !

terça-feira, 5 de julho de 2011

O que é esse amor?

        Que o Brasil é o país do futebol todos nós sabemos. Mas você já parou para se perguntar o que é isso? O que é esse amor, o que significa essa loucura toda, se há razão nessa pura emoção.

       Essa loucura toda que sentimos é por uma instituição, é como se torcêssemos por um hospital ou por uma escola. Mas não, vivemos vidas em torno e por essa instituição, por algumas cores que simbolizam nossa vida. Um hino que significa nosso lema. E bizarro imaginar que vibramos e saímos de si quando uma simples esfera atravessa uma linha, o gol, não importa como foi, se foi de mão, de bicicleta, contra ou de pênalti, quer saber só se entrou inteira. Idolatramos aquele que faz a bola balançar as redes inumeras vezes, viram idolos eternos, cravam o nome na historia.

        Alguém já fez as contas de o quanto já gastou com seu clube de coração? Outro dia fui ver que já tinha gasto mais de cinco mil reais com o tricolor das laranjeiras, e não duvido que outros já tenham gastado até mais com seus clubes. Tem gente que nem tem esse dinheiro, mas gasta mesmo assim.

        Talvez seja por isso que ver algum jornalista, comentarista ou ignorante falando besteira nos cause tanta raiva. É o amor de filho, pai, irmão, família que está em jogo. Infelizmente as autoridades não tem noção do que é isso, e continuam colocando preços absurdos, movendo o capitalismo com o combustível da paixão.

       Essa é uma das causas da violencia no meio do futebol. Ninguém aceita perder para o seu maior inimigo, no caso um rival do futebol, odeia perder pro time do seu melhor amigo de escola, e, dependendo do nivel e intensidade desse amor, pode perder as estribeiras e começar uma confusão por qualquer coisa.

       Estranho e inexplicável esse amor todo que o brasileiro já nasce sentindo. Mas que vai durar por muito tempo e ainda vai dar muito pano pra manga, com certeza vai.

     

domingo, 3 de julho de 2011

O fim de uma era - Conca Show


       Alguns me perguntaram sobre esse texto, alguns estranharam a demora, outros me cobraram este texto. Estava de luto e não queria escrever exclusivamente com a emoção. Precisava ver todos os lados desta história, repensar e analisar friamente para não falar besteiras sobre um ídolo, um ícone na história do Fluminense e na minha vida.

       Amor a camisa... As vezes nos esquecemos que jogador de futebol é uma profissão, é a forma de sustento do atleta, ou do homem. E a vida útil de um atleta é pequena. Não podemos esquecer que Conca passou por uma cirurgia no joelho a pouco tempo, e sofreu na pele a dor e a dificuldade de voltar a jogar em alto nível. O baixinho sabe que viveu no ano passado o seu auge no futebol, o título brasileiro acompanhado pela escolha de melhor atleta do campeonato e que agora, não que vá declinar, mas que o nível do seu futebol não será tão regular e em tão alto nível quanto foi, logo, tenderá a se desvalorizar. Uma outra proposta dessa, em termos financeiros, não viria assim tão facilmente.

       Conca passará a ganhar 2 milhões de reais por mês. Eu não tenho nem noção do que é isso. Conca não precisa mais aparecer, não quer jogar na Europa e nunca foi reconhecido na argentina, não vai ser agora. Incrível é ver um zé ninguém como Muller falar que Conca é um grande jogador, com a cabeça pequena. Quem perdeu tudo e ficou mendigando para poder trabalhar como comentarista, (Que lixo de comentarista por sinal), não pode falar nada do Conca, que jogou 38 jogos no ultimo brasileirão, decidiu um monte deles e ignorava dor e críticas para levar o Flu ao título.

          Ao contrário de muitos, não vai ser chamado de mercenário pela torcida, mesmo tendo seu salário aumentado em 300%, isso sem pedir nada, naturalmente. Resultado de um bom trabalho, de sucesso e muito suor. Sem paparicagem e com sua tipica timidez, Conquinha se tornou o argentino mais querido do Rio de Janeiro, entrou pra história do futebol brasileiro e do Fluminense. Tatuou seu nome no coração de cada tricolor.

         Eu, e todos os outros tricolores só tem a agradecer a esse grande jogador, grande homem e grande guerreiro. Não há palavras para você, há lágrimas de carinho. Obrigado pelo brasileiro e pelo exemplo, Conca, obrigado.